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Experiência ou estudo? O que as empresas valorizam mais?

 

Afinal, o que é mais importante para a carreira de um profissional de tecnologia? Investir nos estudos, diplomas e títulos ou mergulhar na prática?

 

Há quem diga que pela experiência que já possui na área de tecnologia os cursos, faculdades, pós-graduação e palestras servem mais para conseguir bons contatos do que para conseguir um bom emprego. Que os cursos superiores em tecnologia deixam a desejar.  E que as empresas, nas entrevistas, vão direto para a parte das experiências profissionais. Em resumo, são currículos relatando boas experiências que vencem disparado, na frente dos com bons cursos e formações.

 

Por outro lado, existem empresas que preferem contratar uma pessoa que não tenha experiência, mas que queira e aprenda rápido. E é nessa hora que os estudos fazem diferença, dá mais segurança na hora de trabalhar e mais embasamento na hora de argumentar (característica básica para um profissional). As certificações, que normalmente são vistas da mesma forma que uma boa graduação também fazem um efeito enorme nesse momento. E parte das empresas de tecnologia atribui diferença entre um graduado e um não graduado certificado apenas no contra-cheque, porque as funções são as mesmas.

 

E quanto aos Free Lancers, àqueles que desenvolvem aplicações, sejam web ou desktop, que elaboram projeto de redes para amigos, parentes, etc. Aqueles que atuam informalmente na área de TI, graduados ou não, certificados ou não, que não possuem nenhum vínculo empregatício, mas mandam muito bem no que faz. Como fica a “prova de experiência”?

 

Penso que o ideal é o pacote completo, uma forte experiência profissional, preparação acadêmica e características individuais. A experiência profissional acrescenta muito e ajuda a amadurecer, porém haverá um momento em que vão ser cobradas, do profissional, outras habilidades. Pois o mercado de tecnologia passa por constante transformação. Um bom eletricista tem muita experiência, mas não daria o projeto do meu prédio para ele elaborar! A mesma coisa para um engenheiro elétrico recém-formado!

 

Bill Gates é um dos homens mais rico do mundo. Ele recebeu seu diploma “honorário” de engenheiro de software anos depois de criar o sistema operacional mais popular do mundo, ele não terminou a faculdade. Mas do outro lado da moeda: foi durante o curso de pós-graduação que nasceu a semente do maior mecanismo de busca da história da internet, o Google, dando a dois jovens estudantes o status de mais novos magnatas do software. Se para Bill Gates o diploma universitário não fez falta alguma, para Larry Page e Sergey Brin foi o primeiro passo de uma trajetória igualmente brilhante e bem-sucedida.

 

O mundo acadêmico, assim como uma longa experiência, também representa um vasto campo de possibilidades para o profissional dedicado, que pode conquistar seu passaporte para o mercado de trabalho nos bancos da universidade. Mesmo para quem já ingressou no mercado, parar um tempo para investir na formação acadêmica pode ser um bom negócio. Um aparente passo para trás pode significar dois à frente.

 

Chaélmica Gonçalves da Silva é Analista de Sistemas, graduada pela Faculdade Pereira de Freitas (2009).  Possui certificação ITIL V3 Foundation. Iniciou sua carreira na área de Informática em 2002. Atualmente exerce a função de Analista Funcional SAP SD em uma multinacional chilena provedora de serviços de TI.

chaelmicagoncalves@gmail.com